A síndrome da bexiga hiperativa (SBH) e definida pela Sociedade Internacional de Continência (International Continence Society - ICS) como síndrome clinica caracterizada pela disfunção do trato urinário inferior que compreende os sintomas de urgência, com ou sem urge-incontinência, normalmente acompanhada de polaciúria e noctúria, na ausência de fatores metabólicos, infecciosos ou locais associados.
Prevalência:
25% em homens e 24% em mulheres acima e 40 anos
Principais sintomas:
- Polaciúria
- Urgência
- Urge-incontinência urinária
Importâcia: Impacto na qualidade de vida:
- Físico: limitações, risco de queda, dificuldade de sono e concentração, cansaço;
- Psicológico: ansiedade, depressão, baixa auto estima, perda do controle vesical, preocupação com odor da urina;
- Sexual: evitar relação e contato sexuais;
- Social: redução na interação social, acessibilidade ao banheiro;
- Ocupacional: ausência do trabalho, diminuição da produtividade, aposentadoria precoce;
- Vestimentas: roupas íntimas e de cama especializadas, uso de absorventes, precaução com roupas
Diagnóstico:
Portanto, conforme a própria definição da SBH, o diagnóstico é clínico (associar diário miccional) e não há a necessidade de estudo urodinâmico. (5)
Com o objetivo de amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, as principais modalidades terapêuticas empregadas perfazem o tratamento clinico não farmacológico (que inclui as medidas gerais, tratamento comportamental e fisioterapêutico) e o tratamento farmacológico.
Tratamento:
Primeira linha
- Mudança de estilo de vida
- Fisioterapia perineal
- Melhora em 80% dos casos
Segunda linha
- Medicamentoso: anti-colinérgicos e Beta 3 adrenérgico
- Adesão e efeitos adversos (anti-colinérgicos) principais desafios
Terceira linha
- Injeção toxina botulínica: efeito temporário
- Neuromodulação sacral: custo elevado
Quarta linha
- Cirurgias
Referências bibliográficas
- Abrams P, Cardozo L, Fall M, Griffiths D, Rosier P, Ulmsten U, et al. The standardisation of terminology of lower urinary tract function: report from the Standardisation Subcommittee of the International Continence Society. Neurourol Urodyn 2002;21:167-78.
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- Gratzke, C.; Bachmann, A.; Descazeaud, A.; Drake, M.J.; Madersbacher, S.; Mamoulakis, C.; Oelke, M.; Tikkinen, K.A.O.; Gravas, S. EAU Guidelines on the Assessment of Non-neurogenic Male Lower Urinary Tract Symptoms including Benign Prostatic Obstruction. Eur. Urol. 2015, 67, 1099–1109.
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